A nova geração de modelos brasileiras tem ganhado o mercado internacional
A beleza das modelos brasileiras combinou com a diversidade buscada nas passarelas internacionais. Ou seja, muitas modelos brasileiras tem estrelado as passarelas de grifes renomadas.
Não é de hoje que a beleza das modelos brasileiras é valorizada lá fora. Afinal, nos anos 2000 houve o boom das brazilian bombshells, com Gisele Bundchen, Mariana Weickrt, Ana Claudia Michels e Fernanda Tavares. Eventualmente, elas ganharam o mercado internacional, estrelando capas de grandes revistas e com isso abrindo caminho para outras modelos.
Do mesmo modo, quando paramos para analisar as modelos pioneiras, suas belezas eram bastante eurocêntricas, a grande maioria delas eram loiras e brancas, e com descendência europeia.
Em seguida, vieram as Angels, que chamavam a atenção pela beleza da “morena brasileira”, representadas por nomes como Adriana Lima, Alessandra Ambrósio, Isabelli Fontana e Izabel Goulart.
Laís Ribeiro ganha o mercado internacional como a primeira Topmodel negra brasileira.
Depois de muitos anos com um padrão de modelos brasileiras dominando o mercado internacional, o cenário vem mudando.
Uma nova geração de modelos brasileiras tem ganhado o mercado com uma beleza plural e marcante.
“O mercado mudou, o público não quer mais essas belezas tradicionais, inalcançáveis em que ele não se vê mais. Essa representatividade alavancou uma mudança maior em toda a cadeia.” opina “A moda brasileira é muito colonial nesse sentido, temos uma visão muito eurocentrista de tudo. Esse padrão de meninas precisava estourar lá fora para que a gente olhasse com mais cuidado no mercado nacional e os clientes entendessem porque apostamos nessas meninas”.
Bill Macintyre, um dos principais diretores de casting
Bem como, essa nova geração tem ganhado muito destaque nas passarelas das grifes internacionais. Abrindo desfiles e estrelando campanhas para marcas como Balenciaga, Jacquemus, Dior, Bottega Veneta, Versace, Armani, Dolce & Gabbana, entre outras.
Raynara Negrine, de 18 anos, é do Espirito Santo, e sempre sonhou em ser modelo. Com um tempo de carreira ela mudou-se para Nova Iorque, e logo depois foi trabalhar para a Chanel em Paris. Além da Chanel ela já trabalhou para as grifes Dior, Jacquemus, Valentino e muitas outras que acreditaram em seu trabalho.
“Acho que eles gostaram de mim porque tenho essa energia de trabalhar com dedicação.”
Raynara Negrine
Barbara Valente, é outro nome que chamou a atenção das grifes
De salvador e com 24 anos, ela já fez alguns desfiles no SPFW, se mudou para a Europa, onde abriu o desfile da Bottega Veneta em 2020. A model já estrelou em capas como Vogue Brasil (2015) e Harpers Bazaar Brasil.
Para Barbara Valente, o boom da nova geração tem motivo:
“Porque é o tipo de beleza que a moda precisa no momento. Não há muitas meninas negras de pele clara fazendo muito no momento, e estar nesse radar pra mim não apenas é gratificante por inspirar outras meninas mas realizador por estar conquistando o que sempre foi meu.”
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